Quem é que não tem um amigo que um belo dia teve uma brilhante ideia: Vou parar de trabalhar e viver da bolsa fazendo Day trade!

O único problema nesta decisão é que a maioria das pessoas acham que isso é algo simples. Apesar de possível, viver de Day Trade é muito difícil,e vai requer muitos estudos, experiência e principalmente inteligência emocional, devido ao alto nível de estresse, e eu já senti na pele isso.

Mas para desmistificar o assunto, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) elaborou uma pesquisa bastante interessante sobre a efetividades dos “Day-traders”.

Encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a pesquisa feita por Fernando Chague e Bruno Giovannetti, pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisou dados de 2012 a 2017. Nesse período, eles selecionaram um universo de 19.696 pessoas que começaram a operar com day trade. Dessas, apenas 1.558 (7,9%) persistiram por mais de 300 pregões, ou seja, buscaram de fato ter uma fonte de renda constante com a atividade. O prejuízo acumulado por esse grupo foi de R$ 68,4 milhões, ou R$ 35,90 por dia para o investidor mediano. Alguns, no entanto, chegaram a perder mais de R$ 1 mil por dia.

Mais de 90% das pessoas que tentam viver de ‘day trade’ têm prejuízo!

Apenas 13 pessoas, ou o 0,8% desse grupo, tiveram lucro médio diário acima de R$ 300. O valor médio diário de R$ 300 é considerado como o ganho de um motorista de um aplicativo de transporte particular, o que certamente não compensa pelo stress gerado para operar day trade.

A pesquisa também buscou rebater um conceito difundido por muitas consultorias de que, nas operações com day trade, há uma curva de aprendizagem de aproximadamente um ano e que, passado esse período, as chances de sucesso aumentam.

Para isso, os pesquisadores excluíram os primeiros 250 pregões dos investidores, mas os resultados não mudaram muito. Ainda assim, 88% tiveram prejuízo e novamente menos de 1% teve lucro diário acima de R$ 300.

Pois é, triste fim daqueles que se aventuram nessa jornada de se tornar “Day Trader”. Mas isso não é o fim, sempre é possível recomeçar optando por comprar ações de boas empresas como um investidor. Eu recomendo!

Escrito por Gilberto Caray
Coach & Mentor de Carreira e Finanças
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